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“TOMATE CRU” E “FEIRA DA FRUTA”: A NOVA LINGUAGEM DA DEMOCRACIA BRASILEIRA


Por José Luiz Tejon Megido, Diretor Vice Presidente de Comunicação do Conselho Cientifico para a Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o núcleo de agronegócio da ESPM, Comentarista da Rede Estadão-ESPN. 
A galera no poder da voz que ecoa o anonimato de segmentos "das ruas”, passou a mandar palavrão, xingamento e porrada virtual e ovacional pra cima da Presidenta. Tá certo que D. Dilma tem casca grossa, dá suas belas patadas na própria equipe, tem também a coisa da decadência global da classe política, mudanças sociais e o reino do marketing na ampliação de sonhos, vontades, desejos humanos. Mas a representante do povo brasileiro eleita em legítima democracia, ao contrário dos períodos da ditadura militar, tem no exercício do seu cargo um necessário respeito dos brasileiros.
A brigalhada dos candidatos, e das próprias facções do partido da presidenta, o ir para as ruas cobrar sonhos prometidos e impossíveis de serem entregues pela própria inoperância, confusão, má intenção e incompetência via manifestações com máscaras ou sem; não dignifica quem manda o tomate cru para a presidenta. Talvez ela não expresse, mas deve retribuir mentalmente com um "feira da fruta". E assim criamos uma nova linguagem da democracia brasileira (salvos pelo agronegócio).
A ignorância, associada com violência e ideais superiores da humanidade transformados em tabulas chulas, sempre foram o combustível das tragédias de massa no planeta. Se a presidenta Dilma aparecesse sozinha e em pessoa na frente de uma dessas manifestações, pergunto: poderia haver diálogo ou o que aconteceria?  O que você acha? Eu tenho profundo receio do que a democracia e a tolerância populista, associadas com promessas de sonhos irrealizáveis, pode fazer com uma sociedade e com as pessoas.
Está na hora de um líder do país, dentro do seu direito institucional, se afastar das disputas eleitorais e colocar ordem em pensamentos, e naquilo que precisa ser feito, e representar não os desejos, e os fetiches das mercadorias, como dizia Marx, e iniciar a construção de uma política, de um diálogo e de uma realidade de resgate de valores.

Não está certo xingar a presidenta eleita democraticamente nas urnas. E também está errado colocar as urnas a serviço do poder pelo poder. Falta liderança de verdade. 
Obs.: Temos foto do autor, caso precise. 
Sobre o CCAS
O Conselho Científico para Agricultura Sustentável- CCAS é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.
O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.
Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.
A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça.
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