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APOIO DO PP A DILMA TORNOU-SE ENCRENCA JUDICIAL


O apoio do PP à reeleição de Dilma Rousseff foi aprovado há pouco pela Executiva, não pela convenção nacional da legenda, como planejara seu presidente, o senador piauiense Ciro Nogueira. Reunida mais cedo, a convenção terminou numa crise que vai desaguar na Justiça.
“Haverá um questionamento judicial”, disse ao blog o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, aliado do tucano Aécio Neves. “Não há base legal para isso”, rebateu Ciro Nogueira, em conversa com o repórter. Confiante na manutenção do resultado, Ciro marcou encontro com Dilma para esta quinta (26), às 17h.
Eis o que sucedeu: O governador Pinto Coelho juntou-se à senadora gaúcha Ana Amélia, também fechada com Aécio, numa moção. Propunham que, em vez de apoiar Dilma, o PP ficasse neutro na disputa pelo Planalto. O que seria com para Aécio, uma vez que o tempo de propaganda eleitoral da legenda sairia do cesto de Dilma para um balaio a ser rateado entre todos os presidenciáveis.
Aderiram à proposta de Minas e do Rio Grande do Sul outros cinco diretórios estaduais: Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amazonas, Ceará e Goiás. Súbito, Ciro Nogueira submeteu à apreciação dos convencionais outra moção. Nela, a convenção delegava à Executiva do partido a tarefa de decidir o que fazer.
Com a velocidade de um raio, Ciro deu a proposta por aprovada. “Aclamação”, disse. Deixou o recinto, na Câmara Federal, escoltado. E sob gritos: “vendido”… “Convarde”… Ciro rumou para a sala da presidência do PP, que funciona no Senado.
A toque de caixa, o presidente do PP reuniu a Executiva. “Na hora que deu o número, presente a maioria esmagadora dos membos da Executiva, aprovamos o apoio à presidente” Dilma, relatou Ciro Nogueira. Os diretórios estaduais ficaram livres para apoiar outros presidenciáveis. “Pronto, está decidido.”
Sem saber nem mesmo que a Executiva já havia deliberado, o governador Pinto Coelho falava outro idioma. “Do nosso ponto de vista, essa convenção tem o vício da nulidade, uma vez que não houve aclamação, muito menos aprovação” da moção que delegava à Executiva a decisão sobre 2014.

Fonte: Blog Josias de Souza/UOL

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