Parasitas podem afetar capacidade de aprendizado em crianças, diz pesquisa realizada por acadêmicos da FASB

Escolaridade dos pais, fatores socioeconômicos e saneamento básico são indicadores que podem influenciar no aparecimento de parasitas em crianças na fase pré-escolar. Esta constatação faz parte de um projeto de pesquisa desenvolvido pelos acadêmicos do 8º semestre de Enfermagem da FASB. No estudo, tais acadêmicos buscam identificar a prevalência de bactérias, vírus e vermes em crianças de duas creches localizadas no município de Barreiras.

A pesquisa em andamento faz parte do trabalho de conclusão dos estudantes Emerson Silva e Layme Barbosa e possui uma amostra de 140 crianças na fase maternal de 0 a 4 anos de idade. Para a Organização Mundial da Saúde, a população infantil em idade escolar é a faixa etária mais afetada por parasitas entre a população em geral. “Segundo estudos, estes parasitas podem desencadear doenças graves a exemplo de anemia ou desnutrição, o que reflete diretamente na capacidade de aprendizado. Por isso, pretendemos divulgar tais resultados, pois se trata de um assunto de utilidade pública”, alerta Emerson Silva.

Para a execução do projeto, a escolha das creches foi fundamental a fim de diagnosticar a situação dos parasitas no município de Barreiras. O critério de escolha se deu pela localização geográfica dos bairros, cujo objetivo do estudo é verificar a situação em um bairro periférico comparando-a com outro da região central da cidade: “Além de identificar os tipos de vermes encontrados nas amostras das crianças, o trabalho também propõe realizar uma intervenção social por meio de palestras educativas sobre a prevenção de enteroparasitoses aos pais, funcionários e crianças pertencentes às duas creches”, comenta a estudante Layme Barbosa.

Devido ao número significativo de amostras, a monografia também movimenta outros acadêmicos dos cursos. As análises dos materiais coletados contam com a colaboração dos estudantes do 4º e 6º semestre de Enfermagem, sob a orientação dos professores Leandro Dobrachinski e Marilissa Maciel.

Esta pesquisa acadêmica, a exemplo de todas as demais em que há envolvimento direto de seres humanos, segue à risca todos os protocolos firmados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FASB (CEP/CONEP).