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Frigorífico de Barreiras é acusado de demitir injustamente


Vinte e dois ex-funcionários do Frigorífico Regional de Barreiras (Fribarreiras), estiveram na manhã de ontem, 23, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos e Afins dos Municípios do Oeste da Bahia (Sintiab) para reclamar de demissões consideradas por eles ilegais e injustas. Destas demissões, cinco ocorreram numa primeira etapa e 17 na segunda.

Segundo o sindicalista Vanderlei Marques de Oliveira, coordenador geral do Sintiab, os primeiros cinco funcionários foram demitidos por se recusarem a fazer horas extras por estarem com a quinzena salarial atrasada. “O fato ocorreu durante o São João. Como passaram os festejos juninos sem dinheiro, esses funcionários não quiseram fazer horas extras e por isso foram demitidos”, disse o sindicalista, ressaltando que os outros 17 demitidos foram mandados embora por que se recusarem a trabalhar 15 horas seguidas, fato proibido pela legislação trabalhista.

“Como faziam diariamente, os ex-funcionários chegaram na empresa às 05h30 do último dia 03, tomaram café e foram assumir seus postos de trabalho em jornada que duraria até às 15h. Pouco antes desse horário, o gerente de produção pediu que eles ficassem até às 18h, cumprindo horas extras, o que foi prontamente atendido pelos funcionários”, comentou Vanderlei, explicando que a confusão teve início quando o gerente de produção avisou que precisa abater mais 200 animais e solicitou novamente que os funcionários estendessem suas jornadas de trabalho até às 22h, o que acumularia 15 horas de trabalho seguido. “Como esses 17 funcionários, devido ao cansaço e esforço repetitivo que o trabalho exige, se recusaram a ficar até esse horário, acabaram sendo demitidos por justa causa”, disse o coordenador geral do Sintiab.

Para Vanderlei, a demissão por justa causa foi uma artimanha feita pela empresa para não pagar alguns encargos que são de direito do trabalhador.

Outra reclamação dos ex-funcionários e que foi instrumento da ação movida por eles na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e no Ministério Público Federal do Trabalho da 5ª Região, é o constrangimento sofrido no portão de entrada da empresa. “Como de costume, os trabalhadores chegaram pela manhã na portaria da empresa e foram impedidos de entrar sob a alegação de que tinham sidos demitidos, fato desconhecido por eles. Nem mesmo puderam pegar seus pertences que ficavam nos armários individuais”, alegou um dos demitidos, relatando que a demissão foi comunicada em público, na frente de outros funcionários, feita pelos guardas da guarita. “Nem mesmo o pessoal do RH teve coragem e a sensibilidade de nos reunir e falar os motivos de nossa demissão”, reclamou um dos demitidos.

Em conversa por telefone com a advogada da empresa, fomos informados que por lei, a empresa está impedida de comentar o caso e que só se pronunciará em juízo. A advogada alega que o Frigorífico emprega mais de 500 funcionários e que tem todo o tipo de dispensa de trabalho e não é o papel da empresa ficar justificando os motivos das demissões, até mesmo para preservar o funcionário num possível novo emprego. “A história tem sempre duas versões e cabe a Justiça do Trabalho decidir quem está certo ou errado”, concluiu a advogada.



Fonte: Nova Fronteira

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