A Embasa vem trabalhando nos últimos preparativos para começar a operar o sistema de esgotamento sanitário de Muquém do São Francisco, no oeste da Bahia. Paralelamente à fase de testes na estrutura, a equipe social vem notificando a população a interligar seus domicílios à rede de esgoto num prazo de 90 dias. Nestas visitas, os moradores conhecem as vantagens de estar ligado a um sistema que coleta e trata os esgotos domésticos. O serviço foi implantado na cidade pela Codevasf com recursos do Programa de Revitalização do Rio São Francisco. O investimento de 2,25 milhões vai beneficiar cerca de 1,8 mil pessoas.
Uma das moradoras que recebeu a notificação, a dona de casa Maria Neusa do Nascimento, 45, pretende ligar a sua casa à rede antes do prazo. “Já vou procurar alguém para ajudar a fazer a ligação”, afirma, ao entender a importância da rede para a prevenção de doenças e a retirada do esgoto das vias públicas e rios. A auxiliar de serviços gerais Andréia Lima Guimarães, 31, entende que existirá um desconforto inicial, até mesmo pela dificuldade de executar estas ligações, de responsabilidade dos próprios moradores, mas que os benefícios do sistema de esgoto é bem maior. “Os meus filhos vão poder brincar sem o esgoto que passa na frente de casa”, justifica, ao também assinar a notificação.
A assistente social Geisa Mendes afirma que a implantação das ligações intradomiciliares é a fase mais importante, quando a população precisa entender o benefício para se integrar definitivamente ao sistema de esgotamento sanitário. “Ao direcionar seus esgotos domésticos para a rede coletora, desativando suas fossas, as pessoas efetivamente entendem a sua importância para o bem coletivo, evitando a poluição dos lençóis freáticos e contribuindo para a preservação dos rios da região”, afirma. Embora se utilize da sensibilização da população para se interligar ao sistema, a Embasa também precisa cumprir a legislação estadual 7.307/98 e decreto estadual 7.765/00, que obrigam os moradores a ligarem suas casas na rede coletora de esgoto.
Segundo o engenheiro sanitarista da Embasa, Patrick Alves, a equipe da Embasa terminou a lavagem da rede coletora, com uma extensão total de 9,8 mil metros, que vai levar os esgotos domésticos por gravidade até as três estações elevatórias instaladas, que por sua vez, vão bombeá-los até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). “Os testes no sistema já terminaram e, agora, esperamos que a população lance os esgotos de suas residências até a rede coletora”, afirma. O sistema em Muquém tem a capacidade de processar uma vazão média de quatro litros/segundo de esgoto doméstico.
Mobilização – A Embasa promoveu, em meados do ano passado, uma reunião comunitária com o objetivo de preparar a população para o funcionamento do sistema. Participaram cerca de 30 pessoas, dentre profissionais de saúde, educação, assistência social e líderes comunitários, que receberam noções sobre um sistema de esgotamento sanitário e as vantagem para a população, bem como aprenderam sobre as ligações intradomiciliares e o uso correto da rede, por onde devem passar apenas esgoto e não água das chuvas. Juntamente com a entrega das notificações, a Embasa promoverá mais ações de mobilização, como forma de sanar as principais dúvidas e explicar sobre a cobrança da tarifa de esgoto.
Assessoria de Comunicação da Embasa
Unidade Regional de Barreiras (UNB)
(77) 3612 9366
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