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Dona Nina: um nome que a cidade escolheu para nunca esquecer

Em Barreiras, alguns nomes parecem carregar o peso e a beleza de toda uma história. Edsonnina Neves de Souza Barbosa, para todos conhecida como Dona Nina, é um desses nomes. Não porque foi dito em solenidades ou escrito em documentos, mas porque ecoou nos corredores da vida de tanta gente que se tornou parte da cidade.


Era de mãos firmes e coração aberto. Tinha o olhar que sabia acolher e ensinar ao mesmo tempo. Ao lado do marido, Celso Barbosa dos Santos, construiu sua maior obra: a família. Criou com amor e disciplina Jeane, Hebert, Jeferson, Celson, Gilson, Ademilton (o Demir Barbosa) e João Barbosa (o Zito Barbosa). Também abriu a porta e o coração para Jozeilton Barbosa, criado como filho.


Falava pouco sobre si, mas muito sobre valores. Acreditava que dignidade não se negocia e que cuidar do outro é obrigação antes de ser virtude. Quem passou pela sua casa lembra do cheiro de café fresco pela manhã, das conversas à sombra da varanda e da firmeza com que orientava cada filho e cada neto.


O Portal TV Web Barreiras guarda registros fotográficos de momentos marcantes de Dona Nina. Um deles, em 26 de maio de 2018, durante a comemoração aos 127 anos de emancipação política do município, mostra sua presença ao lado do filho, prefeito Zito Barbosa, e de outros familiares, na Câmara Municipal. Na ocasião, foi inaugurada a Sala de Reuniões da Presidência Celso Barbosa dos Santos, em homenagem ao seu esposo, ex-vereador. Um gesto que eternizou a história da família na memória do Legislativo barreirense.


No dia 5 de agosto de 2020, aos 89 anos, o silêncio tomou o lugar da sua voz. A cidade vestiu o luto oficial, mas a perda era maior do que qualquer decreto poderia traduzir. Era o vazio deixado por alguém que, sem buscar reconhecimento, já havia se tornado referência.

O hospital que nasce para carregar seu nome

Dois anos depois, no bairro Bela Vista, o som das máquinas passou a fazer parte da rotina. Entre caminhões e operários, ergue-se um projeto que mudará a história da saúde pública: o primeiro hospital municipal de Barreiras. São mais de 30 mil metros quadrados de terreno, 150 leitos planejados e capacidade para 600 internações mensais, distribuídas entre clínica médica, pediatria, psiquiatria, cirurgia e ambulatório.


A obra segue em construção, mas o nome que irá marcar sua fachada já está definido por lei: Hospital Municipal Edsonnina Neves de Souza. Um nome que não é apenas lembrança, é compromisso.

Uma homenagem que nasce do amor

No dia em que apresentou o projeto, o então prefeito Zito Barbosa falou mais como filho do que como gestor:

Ela me ensinou a cuidar das pessoas.

A frase, simples e verdadeira, explica por que o hospital leva seu nome. É a tradução de uma vida dedicada ao cuidado, agora transformada em política pública para que o gesto de cuidar nunca se perca.


O legado que vai além das paredes

Quando o hospital abrir suas portas, cada atendimento, cada tratamento e cada vida salva serão também um reencontro com a essência de Dona Nina.

Legados assim não cabem apenas em fotografias antigas. Eles seguem vivos nas atitudes que inspiram, nos valores que se espalham e nos exemplos que atravessam gerações. Barreiras mantém viva a presença de Dona Nina, guardando seu nome e sua história na memória, no coração e, em breve, nos corredores de um hospital que nasceu para cuidar e salvar vidas.



Que o nome e o exemplo de Dona Nina sigam vivos em cada gesto de cuidado e em cada vida tocada pelo amor que ela espalhou.

Tiago Portela
DRT 0889 – Jornalista Responsável
Filiação: Sinjorba | Fenaj

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