ELEIÇÃO 2016 – UMA ELEIÇÃO QUE VAI EXIGIR MUITA CRIATIVIDADE E ESFORÇO EXTRA.

Por Maglon Ribeiro

Consultor em Marketing Político e Pesquisas Eleitorais.

O pais atravessa uma crise financeira sem precedentes: taxa de desemprego aumentando, baixa produção industrial, déficit fiscal, inflação ameaçando, dólar em alta,renda das famílias caindo, redução drástica nos repasses constitucionais para as prefeituras, além da avalanche de casos de corrupção que afetará, certamente, o ambiente político eleitoral em 2016.Com a economia estagnada fatalmente a crise aprofundará em 2016 prejudicando os investimentos e a redução dos gastos de campanha.

Significa que teremos de fazer campanha política com poucos recursos, o que exige de políticos , mentores e coordenadores de campanha muita criatividade e perspicácia política, envolvendo nesse processo a construção de alianças consistentes.

Quando analisamos o mercado político eleitoral através de pesquisa de diagnóstico, uma das perguntas que mais usamos é a seguinte: 

”Pelo conceito pessoal que tem desta pessoa, caso ela dispute o governo, qual seria sua atitude? “

As respostas mais prováveis que geralmente coletamos são as seguintes:

Com certeza votaria nele

Provavelmente votaria nele

Dependendo/ talvez votasse/ Não sabe

Dificilmente votaria nele

Não votaria nele de jeito nenhum

Cada resposta desta vai nos fornecer base para análise e consequente direcionamento tático na hora em que devemos superar as dificuldades que enfrentaremos diante do posicionamento do eleitor refletido nas pesquisas. Por meio de tais respostas e outras vetores que a análise conjuntural dos fatos políticos do momento de disputa nos permite fazer, o marketing, ferramenta indispensável para a consecução de um bom planejamento , nos dá também instrumentos para o bom direcionamento estratégico em relação aos custos da campanha , na hora de equacionar recursos, reduzindo os gastos e desperdícios e dessa forma nos permitir fazer mais com menos.

Dentro desse contexto devemos levar em consideração que o marketing nos dá elementos para serem explorados pela criatividade e arte, na criação de um bom slogan, um jingle, peças publicitária, plataforma de ação parlamentar ou plano de governo e, sobretudo, quando do momento de mobilização ou seja na hora da verdade em que é preciso transmitir o conceito do candidato para os seus eleitores alvos, enfim dar visibilidade aos seus diferenciais competitivos do candidato. É na fase da consolidação da candidatura que os resultados do trabalho de marketing tornam se mais visíveis ao levar a candidatura para as ruas e fixar junto ao eleitorado uma organização que o sustente.

Na eleição de 2016 teremos apenas 45 dias de campanha propriamente dita, onde com o mapa do território em mãos( dados da pesquisa), devemos planejar e executar ações efetivas que exigirão mais trabalho e esforço extra de toda a equipe da campanha. Por outro lado isso significa que, o que você fazia com 50 pessoas em 90 dias de campanha terá que fazê-lo com 100 pessoas.

As principais mudanças provocadas pela minirreforma eleitoral – lei 13.165/2015 nesse sentido foram:Tempo de campanha: Reduzido de 90 para 45 dias; Convenções partidária: Deverão ser realizadas pelos partidos entre 20/07 a 05/08;Tempo de propaganda no rádio e na TV: Reduzido de 45 para 35 dias.

E mais, na Propaganda fica proibida a utilização de bonecos e assemelhados em bens de uso comum, e Propaganda em bens particulares, apenas adesivo ou papel, que não exceda 0,5m2 (meio metro quadrado). Ou seja, não será possível utilizar faixas, placas, pinturas ou inscrições. Isto limita meios de divulgação mais barata como pintura de muro, por exemplo. Cresce o espaço para redes sociais e o método mais antigo e convencional de se fazer politica: campanha de porta em porta. Não perca tempo comece agora a sua campanha política.