PROMESSAS & SOLUÇÕES

O tripé da campanha ainda é o mesmo, ou seja, a promessa é de melhoria para a educação, para a saúde e para a segurança. Isso para candidatos executivos ou legislativos em quaisquer das propostas. Promessa de deputado estadual, federal, governador, senador ou presidente. Essa ladainha é sempre a mesma. Porém no decorrer dos anos, quais foram os avanços nesses setores tão malhados?

Praticamente nada aconteceu. A educação continua deficiente e seletiva, as propostas de inclusão social são vazias ou duram apenas o período de campanha. A saúde por sua vez recebe até as promessas de aumentar o número de médicos sem assumir que o problema não é esse. Faltam hospitais, postos de saúde, equipamentos, remédios e leitos. O sistema é que faliu. O médico recebe uma ninharia e agora vai ter que concorrer vagas com estrangeiros. E a segurança, ainda mais precária a cada dia que passa, não inspira qualquer confiança.

Seria uma solução copiar modelos de países onde a educação está dando certo? Onde o sistema de saúde é uma referência? Onde as leis, as normas e os procedimentos são respeitados para que a segurança seja uma realidade e não uma proposta vazia? Claro que seria possível, bastaria combater a causa e dar menos importância para o efeito.

Seria uma discrepância acreditar que a inclusão social, a distribuição mais justa da renda e o compromisso com o povo fosse prioridade e não consequência faria com que essa situação de incerteza, de penúria, de enganos se modificasse? Claro que sim, pois para a maioria dos políticos o que de fato interessa é a ascensão ao poder e dele tirar proveito próprio. São raros os políticos que têm de fato uma meta e uma proposta de trabalho alicerçada nos mais nobres princípios morais e éticos. Mas eles existem, uma pena que o eleitor cada vez alienado não os identifique. O eleitor encara o processo como um jogo e não gosta de perder o voto. Vota nos que considera poderosos, nas figuras carimbadas e no discurso mais contundente. Quando cansou de ser enganado vota em protesto nos palhaços e comete mais estúpida das decisões. Cria monstros, como se não bastassem os que já existem e se perpetuam no poder.

Se as reformas propostas para a justiça, para a política e para a educação não esbarrassem nos interesses dos que detém o poder, as soluções brotariam com fluência e rapidez. Mas qual tudo isso é encarado como utopia, pois para os poderosos é melhor complicar do que solucionar. Sendo assim a justiça que se propõe ser cega é também surda e muda, a educação libertadora perde espaço para mídia e a segurança está condicionada a sorte e ao acaso. Conclusão:  De Goule estava correto em afirmar que esse país não é sério embora seja o mais viável, rico e produtivo de todos. Porem abriga os políticos mais corruptos do mundo alimentados por eleitores cuja ignorância e a mais contundente do planeta.

Guto de Paula TV WEB BARREIRAS