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COM INICIATIVA DO CIDADÃO, WEBJORNALISMO COLABORATIVO GANHA ESPAÇO NAS REDAÇÕES


A popularização da internet e dos aparelhos digitais levou a uma produção e compartilhamento de conteúdo sem precedentes. O espaço desmedido da rede possibilitou que todo cidadão, na posse de meios digitais, pudesse publicar sua própria criação. Nesse cenário, surgiu uma nova forma de produção de notícias em que cada um pode dar sua própria versão dos fatos, tal fenômeno foi batizado de webjornalismo colaborativo, também chamado por alguns de cytizen journalism, jornalismo participativo, comunitário, cidadão e open source.


Segundo Yuri Almeida, jornalista e mestrando em Cibercultura da UFBA, ao possibilitar a participação do cidadão, desde a elaboração da pauta até a co-autoria de textos, os jornais têm uma oportunidade única de melhorar suas práticas. "Em uma era marcada por ambientes conversacionais [mídias sociais] e colaborativos é potencializada a tese de que é preciso deixar de fazer jornalismo para o público e evoluir para a produção de conteúdo com o público", diz.
Para ele, as empresas jornalísticas e os profissionais precisam atuar como intermediários na recepção da notícia, o que requer a reconfiguração da cultura profissional, formação dos futuros jornalistas e das suas atividades diárias. "É preciso compreender que a notícia não termina quando é publicada, mas na publicação ela ganha vida e, a partir do espalhamento, proporcionado pelas mídias sociais e colaborativas, torna-se ponto inicial do debate público", acrescenta.

O "Cidadão-Repórter"
A notícia vista aos olhos do "receptor" ganhou força em destacados veículos de comunicação como no jornal O Globo, que criou o "Eu-Repórter",  O Estado de S. Paulo com o "FotoRepórter", o  "vc repórter", do Terra, e "Minha Notícia", do iG, todos destinados à divulgação de fotos, textos, áudios e vídeos feitos pelo público.
Lisiane Oliveira, gerente de conteúdo do portal Terra, diz que a equipe editorial tem encarado a presença do colaborador na produção de conteúdos jornalísticos de modo bastante positivo. “Hoje o cidadão está cada vez mais perto do noticiário, se sente parte das redações e têm orgulho de ver uma notícia que ele alertou no ar”, explica.
A gerente conta que há na redação uma equipe dedicada em apurar o conteúdo sugerido e a reportagem verifica a notícia, além de fazer as entrevistas com as fontes. “Assim que a informação é confirmada, parte-se para a produção do texto (ou publicação do vídeo/foto) e avisa-se às demais editorias e sucursais que recebemos o alerta tal a respeito de algo”, diz.
Lisiane pontua que algumas publicações contribuiu na produção de conteúdo do Terra. Em setembro de 2013, por exemplo, uma médica rasgou o prontuário de um paciente em SP. Um leitor flagrou a cena e enviou para o “vc repórter”. Após receber o material, a equipe fez a apuração da notícia, que ganhou grande repercussão no portal.
Já O Estado de S. Paulo criou a ferramenta “FotoRepórter “ após os atentados de 7 de julho de 2005, em Londres, quando as imagens produzidas por cidadãos foram divulgadas na internet, e mais tarde,  foram ilustradas nas páginas dos principais jornais e revistas de todo o mundo.  “O jornal historicamente foi aberto à participação externa. Sempre acolheu sugestões de pauta e opiniões”, ressalta Roberto Gazzi, Diretor de Desenvolvimento Editorial do jornal.
Gazzi diz ainda que o Estadão está preparando novas iniciativas e produtos para facilitar e ampliar a integração do leitor.  “Nós entendemos que a colaboração do nosso público ajuda na produção do conteúdo de qualidade que fazemos”, acrescenta.



Fonte: Portal imprensa

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