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‘Minha vida acabou’, diz menor que assumirá disparo na Bolívia


O menor de 17 anos membro da torcida organizada do Corinthians, Gavões da Fiel, deverá assumir a autoria do disparo que matou o boliviano Kevin Espada, de 14 anos, no último dia 20, durante o jogo do time paulista contra o San José, pela Copa Libertadores da América, na província de Oruro, na Bolívia. Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, na noite deste domingo, o torcedor confirmou que se apresentará à Justiça na segunda-feira. Segundo ele, a decisão de assumir a culpa foi tomada porque ele se sentia “a pior pessoa do mundo” desde de o incidente.


 O torcedor contou ao Fantástico que o disparo não foi proposital e que ele havia comprado o sinalizador na rua 25 de março, em São Paulo, para “chamar a atenção dos outros torcedores da Gaviões”. “Eu queria fazer festa para o Corinthians. Eu amo o Corinthians”, disse.

 O menor afirmou que só soube que o disparo havia ferido alguém da torcida adversária quando os bolivianos começaram a gritar “assassinos” durante o jogo. “Eu perguntei para os policiais se alguém estava machucado, mas me disseram que estava tudo bem”, disse.

 Quando os 12 torcedores da Gaviões foram presos pela polícia local, o menor confirmou que assistiu à prisão, mas que não se entregou porque “não sabia o que fazer”. “Para mim, o garoto não tinha morrido e os caras seriam soltos no fim do jogo”, disse.

Quando soube da morte de Kevin, estava no ônibus a caminho do Brasil. “Perguntei para algumas pessoas o que fazer, mas me recomendaram ficar quieto porque estávamos ainda na Bolívia”, afirmou. A decisão de se entregar foi tomada já no Brasil. “Se eu estivesse no lugar deles (os torcedores presos), não iria querer ficar preso injustamente”, afirmou. O menor negou que assumirá a culpa em nome de outro torcedor. “Não protegi ninguém. Eu só quero assumir meu erro”, disse ao Fantástico. “Me sinto a pior pessoa do mundo. Minha vida acabou”, afirmou.


  Defesa - Segundo o advogado da Gaviões da Fiel, Ricardo Cabral, a expectativa é que o menor seja apresentado à Justiça e receba alguma medida de correção socioeducativa, além de ficar sob a guarda da mãe. Contudo, outra advogada ouvida pelo programa afirmou que a pena poderá chegar a três anos de detenção. O menor não poderá ser extraditado para a Bolívia para ser submetido à Justiça local devido ao fato de ambos os países serem signatários da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.






Fonte: Veja Online

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