PROGRAMA BENEFICIA COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE WANDERLEY

É o maior projeto de eletrificação rural da região oeste da Bahia. O projeto em torno de R$ 6 milhões, beneficia mais de 1,2 mil moradores que vivem a margem direita do Rio Grande e até então, sonham em sair do mais baixo Índice de desenvolvimento humano, familiar e habitacional.

As famílias das comunidades remanescentes de quilombolas da região ribeirinha, em toda a extensão da margem direita do Rio Grande, conhecidas como Pixaim, Riacho do Mandim, São Félix, Curralinho, Alto Grande, Goiabeira, Barrocão, Riacho da Sacutiaba, Sacutiaba, Conceição I e II, Baboseira e Porto da Ilha, localizadas no município de Wanderley-BA, passam por sérias e constantes privações devido à falta de energia elétrica.

Dentro do contexto geográfico regional, essas famílias também estão isoladas por falta de estradas e por isso, sofrem com as dificuldades para comercializar sua produção agrícola e de se deslocarem até a sede do município quanto necessitam dos serviços públicos oferecidos pela municipalidade.

São comunidades que, hoje, engloba mais de 300 famílias moradoras a margem direita do Rio Grande e já por bastante tempo, pedem clemência e sonham com a eletrificação de suas moradias. Vivem em condições sub-humanas, no mais baixo Índice de desenvolvimento humano, familiar e habitacional e, nunca um governo lhes tinham dado importância. Mas, o prefeito Bionô Roque, através do programa Luz para Todos, da presidenta Dilma Rousseff, começou concretizar o sonho dessas famílias.

A obra foi projetada em 2007, através do Programa Luz para Todos, com orientação da Coelba buscando a viabilidade da eletrificação para essas comunidades, com a participação direta do saudoso Adenizar Delgado e o atual prefeito Bionô Roque, ele sempre na luta incansável pelas causas sociais.

Os dados socioeconômicos levantados dessas comunidades constataram que, existiam cerca de 1,2 mil moradores carentes de energia elétrica, e por isso, prejudicadas por falta de políticas públicas como escolas de ensino médio para atender a contento a população; serviços de telefonia que funcionasse normalmente; oficinas, públicas e comunitárias, que fomentasse a industrialização da mandioca; condições que possa fazer assistência médica a população; energia para conservação do pescado proveniente das atividades de pesca artesanal; de acordo a COELBA no projeto de assentamento de Reforma Agrária Campo Alegre; impulsionar o pequeno comércio local, para que desenvolva mais e melhor; benfeitorias e ampliação do abastecimento de água; fazer com que, de modo geral e em todas as vertentes, aconteça o processo de inclusão social e finalmente, combater a alfabetização implantando os cursos noturnos para adultos, a exemplo do EJA, Educação de Jovens e Adultos e do TOPA, Todos pela Alfabetização.

Os dados ainda mostraram que quase todas as famílias das comunidades ribeirinhas, às margens do Rio Grande, fazem parte do CadiÚnico, do Bolsa Família; recebem menos que R$ 70,00 (setenta reais por família) e que nessas comunidades quilombolas, são onde estão o maior índice de analfabetos funcionais do município.

O prefeito de Wanderley, Bionô Roque, ao tomar conhecimento dos dados, logo se reuniu com o presidente do Comitê Gestor de Energia da Bahia, Silvano Ragno, onde explanou ao mesmo a real situação em que aquelas comunidades estavam vivendo. O presidente, de imediato encaminhou solicitação à COELBA para que a mesma que fizesse urgente uma revisão do projeto inicial, para que fosse reavaliado e redimensionado, inclusive, com um novo traçado que beneficiassem mais 168 famílias alocadas no assentamento Campo Alegre e nas comunidades de Doval, Sapé e Barro Alto.

A nova proposta se torna satisfatória porque apesar de alongar um pouco a distância do projeto, em compensação aumentará o número de beneficiários, além de excluir a necessidade de Licença Ambiental, baixar expressivamente o custo por beneficiário e ainda melhorar a viabilidade técnica da obra. (Jornal Novoeste)