20/02/2019

O FIM DA “RAINHA DO MARFIM” — DO LUCRO COM MASSACRE DE ELEFANTES À PUNIÇÃO


Aos 69 anos, chinesa Yang Fenglan foi condenada a 15 anos de prisão por prática criminosa que tem levado elefantes à beira da extinção na África

O cerco está se fechando para o comércio ilegal de marfim. Ontem (19), uma das maiores contrabandistas de presas de elefantes do mundo foi condenada na Tanzânia. Aos 69 anos, a chinesa Yang Fenglan, conhecida como a “Rainha do Marfim”, foi sentenciada a 15 anos de prisão pela prática criminosa que tem levado elefantes à beira da extinção em vários países africanos.

Fenglan foi acusada de liderar um dos maiores grupos de comércio ilegal de marfim da África, responsável pelo massacre de centenas de elefantes para abastecer os mercados clandestinos da Ásia. Ela teria traficado mais de 700 presas de elefante no valor de US$ 6,45 milhões entre 2000 e 2014. Só na Tanzânia, a caça furtiva arrasou 60% da população de elefantes do país nos últimos 10 anos.

Outros dois homens que trabalhavam com a chinesa no comércio ilegal também foram considerados culpados e condenados a 15 anos cada. Além do cerceamento de liberdade, todos os três deverão pagar uma multa conjunta de US$ 13 milhões, o que equivale aproximadamente ao dobro do valor de mercado do marfim com o qual eles lucraram, sob pena de enfrentar dois anos adicionais de prisão.

Denúncia

A captura de Yang Feng Yang, ocorrida em 2016, começou com uma denúncia em 2014. Nas colinas tailandesas de Ruaha-Rungwa, onde a população de elefantes despencou de 20 mil para 8 mil entre 2013 e 2014, informantes locais denunciaram às autoridades um agente local chamado Manase Philemon, suposto traficante de marfim que mal sabia ler, mas conseguia falar chinês.

Sob interrogatório, Philemon apontou para a chefe, Yang, que a polícia acredita ter sido quem lhe ensinou mandarim. Quando jovem, a “Rainha do Marfim” estudou Swahili, uma das línguas oficiais da Tanzânia, em uma universidade chinesa e se mudou para o país na década de 1970 para trabalhar como tradutora para engenheiros chineses que construiriam uma linha férrea para a Zâmbia.

Fonte: Exame

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários publicados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do Blog TV Web Barreiras. Não são permitidos comentários que desrespeitem a legislação vigente, a moral, os bons costumes ou que infrinjam direitos de terceiros. O Blog TV Web Barreiras se reserva o direito de remover, sem aviso prévio, qualquer comentário que não atenda a essas diretrizes ou que esteja fora do contexto da discussão. Comentários anônimos ou sem identificação também poderão ser excluídos.