Por Maglon Ribeiro
Consultor em Marketing Politico e Pesquisas Eleitorais.
O grande desafio para o candidato a vereador é se torna conhecido, relevante aos olhos de um eleitor desinteressado. O que se percebe é que, no afã de atingir este objetivo, o candidato atira para todos os lados, apregoando a sua imagem sem rumo e sem direção, sem estabelecer um eleitorado alvo, um segmento de eleitores, em que possa focar a campanha. Qual é o seu reduto, o seu eleitorado alvo? Em que segmento de eleitores você vai fazer a campanha?
Claro que ninguém vota em quem não conhece. Esta é a regra geral para qualquer candidato. Os candidatos a cargos executivos, neste aspecto tiram vantagem, acabam sendo conhecidos porque a mídia se encarrega de cobrir a eleição. Tornar-se conhecido é um trabalho de longo prazo. Ninguém fica conhecido da noite para o dia. Se você observar as três eleições de Lula que antecederam a sua vitória em 2002, ele crescia de votação, eleição após eleição, na medida em que ficava mais conhecido. Foram 12 anos para consolidar a sua imagem de político para disputar o cargo de presidente. Sem contar que a mídia da ampla cobertura as campanha de cargo executivo.
Não há o mesmo interesse da mídia pelos candidatos à vereança, até porque o seu número é muito grande. Até que para esses candidatos as coisas tornaram mais fáceis com a utilização das mídias sociais, onde eles podem ampliar a sua visibilidade se valendo deste meio como estratégia de comunicação e de conversão de contatos em votos, se for bem planejada.
O vereador com mandato excetua esta regra. Para ele, sempre será mais fácil obter espaços na mídia. Mas, o candidato sem mandato, pode e deve também conseguir o seu espaço.
Tornar-se conhecido é também a resultante de uma campanha moderna e inteligente. Sua prioridade de início de campanha será, forçosamente, tornar-se conhecido do máximo possível de pessoas. É aí que sua equipe de campanha precisa mostrar criatividade, muito trabalho e agilidade, utilizando-se das ferramentas de marketing eleitoral disponíveis.
A prática de buscar relevância, projetar a imagem e o conceito de candidato aos eleitores, na maioria das vezes, vem sendo feita de forma errada pelos candidatos a vereador. Sem rumo e sem direção fazem campanha como se fosse candidato a prefeito. Esquecem que a melhor forma de fazer campanha é fatiar o eleitorado, segmentar em busca daqueles eleitores potenciais que , em razão da sua biografia, sua carreira profissional, seus vínculos, sua imagem, serão mais simpáticos à sua candidatura e com maio probabilidade de vir votar em você. Isto só é dispensável num colégio eleitoral reduzido (cidade pequena).
Esta prática é o que convencionamos de reduto e ou eleitor alvo. O seu reduto, o seu eleitor alvo deve necessariamente ser a base de sustentação de sua candidatura. O candidato a vereador que não tem uma base eleitoral, certamente terá maiores dificuldades para se eleger. O seu eleitor alvo se constitui daquela parcela de eleitores que pode vir a votar em você. Vejam bem, pode...Só quem está fora deste rol são aqueles que o rejeitam. Este reduto é composto de pessoas que ou não tem ainda candidato escolhido e não o rejeitam, ou que, embora tenham uma predisposição a votar noutro, admitem mudar e votar em você. É para este que você vai fazer a campanha. Não se iluda fazendo campanha de que pode atingir a todo o território.
Evite desperdiçar tempo e recursos em diversos segmentos de eleitores. Não perca tempo com aqueles que você sabe que em hipótese alguma lhe darão o voto, e gaste o mínimo possível com aqueles que certamente votarão em, você.
Contato: maglonribibeiro@gmail.com
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