Ex-ministro das Cidades e ex-deputado federal, o atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia, Mário Negromonte (PP), está entre alvos dos mandados de busca e apreensão da Operação Politeia, um desdobramento da Lava Jato.
O gabinete do político recebeu agentes da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (14), por volta das 6h30. A informação foi confirmada ao G1 pelo TCM. A casa do ex-ministro também foi alvo da operação. Em todo o estado, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão. A Polícia Federal em Brasília, que centraliza a operação em todo o país, não divulgou os endereços dos outros mandados de busca e apreensão expedidos na Bahia.
Procurada pelo G1, a assessor de Mário Negromonte, Edvaldo Trindade, informou que não conseguiu contato com o conselheiro do TCM para confirmar informações sobre as buscas. O nome do ex-ministro das Cidades integra a lista de investigados no esquema de corrupção da Petrobras revelado pela Operação Lava Jato.
No dia 10 de março deste ano, após ter o nome citado nas irregularidades, o ex-deputado e ex-ministro Mario Negromonte informou que tem "a mais absoluta convicção de que as investigações apenas confirmarão a completa insubsistência dos indícios supostamente relacionados" a ele.
Ele também disse que está "à disposição das autoridades para cooperar nas investigações" e que nada deve "temer, já que jamais solicitou ou recebeu vantagens indevidas em qualquer cargo público que tenha ocupado e jamais contribuiu para qualquer prática ilícita, o que decerto restará confirmado ao final das apurações".
Politeia
Segundo a PF, esta nova fase da Lava Jato foi batizada de Politeia porque no livro “A República”, o filósofo grego Platão descreve uma cidade perfeita, onde a ética prevalece sobre a corrupção.
Ao todo, a PF tem 53 mandados para cumprir, autorizados pelos ministros Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados fazem parte de seis inquéritos do Supremo que investigam políticos dentro da Operação Lava Jato.
Segundo a Polícia Federal, o objetivo é evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados. As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos.
Além da Bahia, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos estados de Alagoas, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal. Cerca de 250 policiais federais participam da ação em todo o país.
Fonte: G1
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