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NOTA INFORMATIVA - MOVIMENTO ESTUDANTIL UNIFICADO


Em reuniões realizadas nos dias 30 e 31 de Agosto de 2013 com a Reitora Iracema Santos Veloso,  a comissão de negociação do Movimento estudantil Unificado- UFOB e a Comissão de negociação do instituto, foi elaborado o termo de compromisso com o intuito de assegurar as reivindicações para responder os anseios da categoria discente. No dia 03 de setembro de 2013 este termo de compromisso foi analisado e assinado por todos os membros de ambas as comissões e a Reitora, a qual afirmou seu compromisso em atender as propostas que constam naquele documento, ao mesmo tempo que, reafirmamos conjuntamente o continuo acompanhamento desse compromisso no período de execução do mesmo.

Posteriormente foi realizada a reunião de Congregação para definição do novo calendário acadêmico do semestre 2013.1, em que foi definido pela maioria dos membros que a compõem, a retomada das atividades acadêmicas no dia 07 de outubro de 2013. Ainda nesta reunião de Congregação, foi estabelecida uma comissão composta pela representação das três categorias para vistoriar os prédios ocupados. Nesse interim, reafirmamos que durante toda a paralisação, zelamos pela preservação do patrimônio público, de modo que, não houvesse danos aos prédios e/ou pertences que compõe os espaços físicos da universidade.

 Durante toda negociação, o Movimento Estudantil Unificado lutou pela conquista de um documento que assegurasse, com prazos estabelecidos, as respostas a pauta de reivindicação da categoria discente. Nesse sentido, lutamos arduamente para a obtenção de uma resposta efetiva as demandas reivindicatórias, de modo que atendesse as necessidades básicas de toda classe estudantil dessa universidade. O contexto atual da Universidade Federal do Oeste da Bahia revela a importância do mecanismo de paralisação de atividades como um instrumento eficiente de luta. Os discentes principiaram a greve em busca de direitos e melhorias na assistência estudantil, dentre outros pontos que contemplam questões estruturais da universidade. 

A greve discente de 2013, árdua batalha construída pelo movimento estudantil, trouxe-nos conquistas. O movimento conseguiu, sobretudo durante a paralisação, trazer a reitoria ao debate, dando agilidade às demandas historicamente levantadas pelos estudantes, tais como: garantia de alimentação emergencial, possibilidade do acúmulo de bolsas, assistência médica, compra de equipamentos para laboratórios, acervos bibliográficos, ampliação do quadro docente, entre outros. A UFOB vivenciou o fervor de ideias e atos que não apenas agregou o movimento estudantil e suas bases, como também criou um epicentro político que fez a universidade repensar sobre a sua função social e perceber que a sua primazia é a formação humana e não o aligeiramento da formação para atender às demandas de um mercado tecnicista. 

Faz-se decisivo de agora em diante, construir uma afinidade contínua com todo o conjunto estudantil, para que possamos compreender que a greve, além de ser um instrumento de luta, torna-se um espaço de formação política. Dessa forma, os acontecimentos demonstraram a maturação, a capacidade de articulação e a organização do movimento estudantil. Esse processo faz-nos refletir sobre o amadurecimento político da categoria estudantil, não somente dos partícipes, que compreenderam o funcionamento estrutural da universidade, como também para os que acompanharam de fora todo o processo, mesmo estando contra. Pois estes perceberam que é com a participação ativa e com as ocupações dos espaços a nós reservados, que as decisões políticas são tomadas, dando direcionamento ao caminhar da instituição. 

O desafio que nos espera é enorme. A organização para a luta em defesa da universidade pública deve guiar os nossos planos e ações na construção da luta por demandas que buscam melhorias no ensino superior. A consciência, em si e para si, é edificada fundamentalmente durante as lutas e reinvindicações de cada categoria. Com isso, a greve apresenta-se como fomentadora, também, dos centros organizativos dos estudantes. Assim, o movimento estudantil entra em outro patamar, tendo a plena consciência do nosso poder de articulação para travar os embates necessários. Nesse sentido, estamos em defesa de uma universidade pública, democrática, popular e socialmente referenciada, e compreendemos que somente com a luta é que podemos adquirir conquistas! 

O movimento estudantil é formado por distintos discentes, de diferentes classes sociais e de distintas áreas de atuação, porém alterar o status vigente e as relações desiguais é um ponto que nos une. Somos futuros profissionais, que continuaremos a luta nos diversos espaços de formação humana pois temos a consciência de que os movimentos sociais, em especial, o movimento estudantil é de fundamental importância para a construção de uma democracia participativa. 

A decisão pelo fechamento do campus, além de demonstrar a força do Movimento Estudantil Unificado, é em sua inteireza, uma decisão que vai além de conquistas momentâneas, pois passa pelo processo de apropriação e de desenvolvimento do conceito de universidade. Dessa forma, compreendemos a universidade como um espaço de formação, para que os filhos da classe trabalhadora possam também, adentrar e permanecer na Universidade. O compromisso que a UFOB tem com todos nós, inclusive com os que estão fora de suas dependências, deve ser assegurado e por isso mesmo, cobrado por toda a comunidade acadêmica. 

O nosso compromisso é por uma universidade melhor, diversa e que sirva a todas e todos. A situação atual da UFOB despertou a nossa inquietação e a nossa indignação como categoria estudantil, fazendo com que sejamos protagonistas, compromissados com a Educação do país. Apesar do comportamento pacifico, na busca pelo dialogo constante e a pacificidade das ações, o movimento estudantil sempre atuou dentro deste instituto.

O Movimento Estudantil Unificado-UFOB agradece ao apoio e a colaboração de todos os que participaram de forma direta e indireta, principalmente aos estudantes que participaram do grupo de resistência que de forma firme, determinada e incansável, se mantiveram na busca por resposta aos anseios da categoria discente. Agradecemos também, de forma especial, às diversas entidades e pessoas que nos apoiaram com suplementos e moções de apoio. 

Reiteramos a necessidade de participação de todos nas lutas por melhorias dentro e fora da universidade, pensando no papel social e na importância que a participação política ativa é o melhor instrumento de transformação social.

Barreiras/BA, 03 de setembro de 2013. 


Movimento Estudantil Unificado – UFOB

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