Todo início de ano, na estação chuvosa, tragédias se repetem nas cidades construídas em locais de serras, como Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e tantas outras. Com a água, o barro das serras amolece e desaba, levando casas, matando gente, arrasando cidades.
Não conhecemos ainda em Barreiras essas tragédias, mas parece que estamos pedindo para conhecer. Pedindo, não! Colocando os meios para que a Serra do Mimo fique sem sustentação, comece a derreter com as chuvas e se espalhe sobre as casas, levando pedras, paus, matando gente. Veja as fotos terríveis que o meu amigo Anderson Pignata me enviou, mostrando a serra do Mimo sendo cavada, para a retirada de material para construção.
As serras terminam em rampas, para esses declives suaves servirem de sustentação, mas se forem esburacadas, cortadas na vertical, como vemos na foto,quando chove e amolece o barro, não conseguem se sustentar e aí… salve-se quem puder! Outra temeridade é a das casas construídas nas encostas dessa serra. Que são cada dia em maior número, feitas como Deus faz as batatas, no sentido de não ter sido feito um estudo prévio, que avalie o tipo de solo que forma a serra e sua resistência.
A natureza precisa de respeito, que se traduz em procurarmos conhecê-la melhor, e a suas leis, que, se não forem obedecidas, podem cobrar um alto preço, até em vidas humanas. Antes que as tragédias desabem das serras de Barreiras, que fazer? Primeiro, tomar consciência do problema. E procurar as soluções.
Temos uma Universidade Federal, onde existem cursos de Geologia, Geografia, Engenharia Ambiental, portanto aí também existem profissionais que podem nos ajudar. Além dos órgãos ambientais do Estado, que tem até uma Casa de Recursos Naturais, além do IBAMA. Não podemos é cruzar os braços, fechar os olhos e continuar agredindo a Serra do Mimo, pois é um caminho sem volta.
Fonte:historia de barreiras
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