Os médicos que prestam serviços à Prefeitura de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, emitiram um alerta que pode resultar na paralisação de suas atividades a partir do dia 21 de novembro. O corpo clínico, que inclui generalistas e especialistas, afirma que os salários referentes aos meses de setembro e outubro de 2024 estão em atraso. Em ofício enviado ao prefeito Fábio Nunes, os profissionais estabeleceram prazos para a quitação das dívidas: dia 20 de novembro para o mês de setembro e 30 de novembro para o mês de outubro.
A decisão dos médicos ocorre após reiteradas tentativas de negociação com a gestão municipal, que, segundo o ofício, não cumpriu os prazos acordados em reuniões anteriores. “Já houveram diversas tentativas de acordos e reuniões realizadas entre ambas as partes, porém a gestão atual descumpriu o combinado em todas as tentativas e segue instituindo novos prazos, sem previsão alguma de realmente nos pagar”, destacou o corpo clínico no comunicado.
Medida Extrema e Legítima
De acordo com os médicos, a paralisação é uma medida extrema, mas necessária, para garantir o pagamento dos salários atrasados. O corpo clínico informou que, caso a gestão não cumpra os prazos estabelecidos, a interrupção dos atendimentos começará de forma gradual, respeitando as necessidades urgentes e essenciais da comunidade. “A paralisação seguirá as normas previstas em lei para garantir a assistência à vida dos pacientes”, ressalta o documento.
A situação foi formalmente comunicada ao Conselho Regional de Medicina (CRM), ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Sindicato dos Médicos, em uma tentativa de pressionar a gestão municipal para regularizar os pagamentos. No entanto, até o momento, a Prefeitura de Bom Jesus da Lapa não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Impacto na População
A possibilidade de uma paralisação tem causado apreensão entre os moradores, que dependem dos serviços de saúde pública oferecidos pela prefeitura. A interrupção dos atendimentos médicos pode afetar diretamente a assistência à saúde da população, especialmente em casos que exigem atendimento contínuo.
A gestão do prefeito Fábio Nunes tem até o final de novembro para resolver a situação financeira e evitar a paralisação definitiva dos serviços médicos. A expectativa é que, caso os pagamentos sejam realizados, os profissionais retomem suas atividades normais imediatamente, assegurando o atendimento à população.
Da redação Tv Web Barreiras
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