ELEIÇÃO 2016 – O CANDIDATO, PLANEJAMENTO, AÇÃO.

Por Maglon Ribeiro
Consultor em Marketing Político e Pesquisas Eleitorais

Quero aqui expressa minha admiração pela pessoa do candidato. A determinação, a coragem, a disposição para entrar em campo para o jogo eleitoral. Se jogar bem será campeão, a frente de mais de cinco mil jogadores que estarão na disputa este ano em todo o país. Faz uma grande diferença numa disputa eleitoral a vontade de influir, de transformar, de contribuir, de fazer algo mais pelos moradores da cidade. Vejo neste momento, todo e qualquer candidato como um sonhador, que, de corpo e alma, vai lançar-se para realizar o seu sonho.

Mas antes de seguir em frente há três pergunta básicas que você deve responder:

Por que quero ser candidato?

O que me torna especial e me distingue dos meus concorrentes?

Por que razões os eleitores escolheriam votar em mim?

E se eu perder?

Um candidato não é um produto, mas um agente social formado pelo conjunto de seus atributos pessoais, suas ideias, seus planos e sua imagem pública. Deve está consciente que os eleitores não poderão testá-lo como o fazem com seu automóvel, poderão somente questioná-lo, endossando-lhe credibilidade através do voto. Um candidato constitui-se num bem intangível muito particular, porque carrega uma aura de forte emocionalidade, podendo as pessoas menos esclarecidas ser inconscientemente envolvidas, favorecendo o surgimento de oportunidades e ditadores em prejuízo da liberdade e da democracia.

Um candidato deve ganhar contornos de visibilidade que podem influir decisivamente na sua penetração junto ao eleitor. Sua imagem, seu conceito, a marca do político é o seu partido, sua sigla ideológica, da qual deverão extrair toda a inspiração para desenvolver os seus ideais políticos. O perfil de um candidato é estudado com o objetivo de planejar a imagem que seja projetada junto aos eleitores. Os eleitores votam com base nesta imagem.

Planejamento 

O planejamento permite determinar para onde sopra o vento, e qual a maneira de avançar com segurança. Um candidato está sujeito a muitas pressões ao longo da campanha; se não for capaz de avaliar e priorizar corretamente essas pressões, e quiser atender a todas (ou empurrá-las com a barriga), aí sua situação se complicará: se tudo virou prioridade, não há mais prioridades. Nessa altura, quando é comum começarem a faltar recursos materiais e humanos, o candidato sente que o “balão” da sua candidatura começa a murchar, sua atitude então é procurar colocar-lhe mais “ar” sem se preocupar em localizar os “furos” e fazer os remendos necessários. Provavelmente, ao final da eleição, ele estará vazio de esperanças e cheio de dúvidas, com a nítida sensação de ter corrido cada vez mais e avançado cada vez menos. Faça planejamento agora ou você estará fazendo voando no escuro sem saber pra onde ir.



Quais materiais podem ser usados nas Eleições 2016?

Montada a estratégia de divulgação da campanha é preciso ter conhecimento que nem todo o tipo de divulgação é permitida. Portanto, é preciso estar atento aos tipos de materiais que podem ser utilizados para divulgar o candidato, a fim de que não sejam penalizado.

Veja como usar os materiais impressos nas eleições 2016:

Faixas e Cartazes

São, normalmente, utilizados para expor foto, nome e número do candidato, além de informações sobre o partido, slogan ou projetos de campanha.

Podem ser instalados apenas em imóveis particulares, respeitando o limite máximo de 4m². É terminantemente proibido que eles sejam oferecidos em troca de dinheiro ou pagamento pelo espaço.

Revistas

Flyers, folders e panfletos

Esses materiais são mais objetivos e concisos. O foco é mostrar como a população será beneficiada caso o candidato seja eleito. 

Assim como as revistas, todo e qualquer tipo de material impresso pode circular até às 22h do dia que antecede as eleições. E não é necessário licença municipal ou autorização da Justiça Eleitoral para circular.

Na hora de produzir, não esqueça de incluir o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do responsável pela confecção e da contratação do produto, além da tiragem.

Adesivos

É muito comum vermos carros com adesivos no para-brisa traseiro e até envelopamento de veículos com cores e números do partido ou dos candidatos.

Para as eleições de 2016, serão permitidos apenas adesivos comuns de 50 cm x 40 cm ou microperfurados no tamanho máximo do para-brisa traseiro. Os envelopamentos, de qualquer tipo, estão proibidos.

Com as mudanças aprovadas no congresso em 2015, as empresas responsáveis precisam ficar atentas para as práticas das campanhas, como por exemplo o tempo de duração da campanha, que antes era de 90 dias e a partir de 2016 passa a ser de 45 dias. Outras mudanças podem ser conferidas aqui.

Veja algumas restrições para as campanhas políticas

Estes materiais são permitidos em campanhas eleitorais, desde que respeitadas as restrições e exigências.

Cavaletes, bonecos, cartazes e mesas: podem ser divulgados na rua, entre às 6 e 22h, desde que não atrapalhem as vias públicas;

Faixas e cartazes: Não podem ser pendurados em postes, muros ou qualquer propriedade pública;

Alto-falantes: permitidos até a véspera da eleição, desde que respeitem o horário entre às 8h e 22h. Não podem ser instalados a 200m de qualquer órgão público;

Carreatas e passeatas: podem ser feitas até a véspera das eleições, respeitando o horário das 22h;

Materiais que não podem ser utilizados em hipótese alguma:

Outdoors

Expor campanha política em outdoor é proibido. Independentemente do local em que ele está localizado.

Brindes



Distribui camisetas, chaveiros, bonés, canetas e qualquer outro brinde ou presente com o nome do candidato é proibido. Nessa classificação, também está a doação ou distribuição de cestas básicas ou dinheiro. Para o TSE, esse tipo de doação pode induzir o eleitor e proporcionar vantagens ao candidato. Essa prática é considerada como captação ilícita de votos e abuso de poder e o responsável pode responder judicialmente por ela.

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