Foi com essas palavras que Carmélia da Mata Carvalho, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Barreiras (Sindsemb), terminou sua fala durante coletiva com a imprensa barreirense.
Em lágrimas e bastante emocionada, a sindicalista afirmou que o prefeito Antônio Henrique, num momento de insanidade e falta de esclarecimento, está passando por cima de uma decisão judicial da Vara da Fazenda Pública e do Ministério Público do Trabalho que legitima o mandato das servidoras para o cargo de presidente e secretária respectivamente, para determinar o retorno em cinco dias, em ato oficial publicado no último dia 25, ao exercício de função como professoras no âmbito da Administração Direta do Poder Executivo Municipal ou serão demitidas.
Segundo Carmélia, passado quase de dois anos de gestão, o atual prefeito ainda não cumpriu suas promessas de campanha de respeitar o funcionalismo municipal, inclusive, humildemente pediu desculpas aos servidores, prometendo cumprir tudo aquilo que ele próprio não respeitou durante suas gestões anteriores. “O Sindicato passou a ser a pedra no sapato da administração municipal depois que entramos com uma ação na justiça devido aos constantes atrasos de salários e 13º dos servidores, inclusive tendo o sindicato feito uma campanha para arrecadar cestas básicas para distribuir para essas famílias. Fomos para as ruas em movimentos organizados para cobrar os direitos dos servidores e passamos a ser vistos como inimigos da Prefeitura”, afirmou, relatando que o município, apesar de ter um corpo jurídico, contratou, com recursos públicos, uma assessoria jurídica só para perseguir os trabalhadores, deixando de utilizar esse dinheiro em obras que beneficiem os munícipes. “Hoje, é negado ao trabalhador tudo o que lhe é de direito, desde o vale transporte, a progressão vertical, um direito garantido em lei e que está no Plano de Cargos e Salários”.
A líder sindical asseverou que foge do seu caráter silenciar, calar, corromper e favorecer. “Eu poderia estar ligada a Antônio Henrique e me beneficiando com cargos e benesses, mas nunca quis e nem quero isso. O meu papel é defender os interesses da categoria. Se atualmente estamos recebendo os salários em dia é por conta de nossas ações impetradas na justiça, dos movimentos que fizemos nas ruas, das paralisações e fechamentos de pontes”, bradou Carmélia, enfatizando que tem dado sua cara a tapa para bater e isso tem incomodado o atual gestor, que para puni-las, forjou uma situação e mandou instaurar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para humilhá-las e diminui-las. “Se ele pensa que conseguiu, está enganado. Isso só me fortaleceu e me deu condições para ir adiante e lutar pelos direitos dos servidores, visando acabar com a perseguição política, o assédio moral e o cerceamento dos diretos do funcionalismo”.

Carmélia finalizou a entrevista falando que a partir desta semana estará visitando outros municípios como Angical, Luís Eduardo Magalhães e Correntina para falar nas rádios quem é o verdadeiro gestor de Barreiras. Nas cidades onde eu não conseguir espaço na imprensa colocarei carros de sons nas ruas para alertar quem é Antonio Henrique e o mal que ele faz para o municipalismo.
Fonte: Jornal Nova Fronteira.
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