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PMDB REALIZA CONVENÇÃO APÓS TENTATIVA DE TEMER DE UNIR O PARTIDO


Vice-presidente da República, Michel Temmer reforçou, na manhã desta terça-feira, aos filiados do PMDB que participaram da Convenção Nacional do partido, que votem pela manutenção da aliança com o PT para a Presidência da República. Temmer será novamente candidato à vice-presidência na chapa da presidenta Dilma Rousseff. Michel Temmer reuniu-se, na véspera, na Câmara dos Deputados, com quatro núcleos do PMDB.
Ao chegar à Câmara, o vice-presidente disse que, pelos levantamentos que estão sendo feitos no partido, os participantes da convenção deverão aprovar a continuidade da aliança partidária com o PT, iniciada em 2010.
– Os levantamentos que temos revelam que a aliança com o PT deverá ser renovada. Vamos esperar. Eu não estou preocupado com percentual, para vencer é preciso ter 51%, e se tivermos 51% está ótimo – disse Temer, que chegou ao local do encontro, nesta tarde.
Em todos os núcleos (PMDB Sócio Ambiental, PMDB Afro, PMDB Sindical e PMDB Jovem), Temer falou da importância desses grupos internos para o crescimento do partido e para a adoção de políticas voltadas ao povo.
– São esses núcleos que dão vitalidade ao nosso PMDB. O nosso partido tem sido o sustentáculo no Congresso Nacional para as grandes transformações que estamos vivendo – disse.
Problemas com o PT
Apesar da convivência com o Partido dos Trabalhadores, na última década em que ocupa o poder central, o presidente interino da legenda, senador Valdir Raupp (RO), durante encontro com a cúpula peemedebista e Michel Temer quer estabelecer novas “condições” para a repetição da aliança vitoriosa de 2010. Na prática, são posições que estarão no documento a ser aprovado pela convenção a fim de explicitar as diferenças com o partido de Dilma.
Além de Temer e Raupp, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), o ex-presidente José Sarney (AP), o senador Jader Barbalho (PA) e o deputado Eliseu Padilha (RS) chegaram ao local da convenção às 9h, no Auditório Petrônio Portella, no Senado. A presidente confirmou que pretende fazer uma visita aos peemedebistas, mas somente no final do encontro, quando já estiver fechado o apoio à sua candidatura, entre 16h e 17h, depois de proclamado o resultado da votação dos delegados.
Rebeldes
Há na cúpula do PMDB otimismo quanto à reedição da aliança com o PT para a disputa presidencial, mas sem garantia de apoio pleno. Nas últimas checagens feitas por Temer, a conta era de que os partidários da coligação deverão obter entre 70% e 75% dos votos, numa hipótese otimista; e cerca de 55%, numa versão pessimista.
Segundo Temer, “o que interessa é vencer. Pode ser por 51%”. A declaração foi feita após visitar núcleos do PMDB reunidos em diversos auditórios da Câmara.
Os rebeldes peemedebistas querem a “neutralidade” do partido na eleição – sem apoiar Dilma ou outro candidato. A confiança exibida pela cúpula peemedebista para a reedição da dobradinha com o PT na disputa presidencial é baseada na resolução de alguns problemas nos Estados, considerados de difícil solução.
É o caso de Goiás. O PMDB do Estado concordou em apoiar a coligação federal com o PT, apesar de não ter obtido dos petistas a adesão à candidatura do ex-governador Iris Rezende. Em Goiás, o PT decidiu lançar a candidatura de Antonio Gomide, ex-prefeito de Anápolis. Como agradecimento pelo voto dos goianos na aliança com o PT, Michel Temer e Valdir Raupp vão a Goiânia amanhã à tarde participar da convenção que vai sacramentar a candidatura de Iris.
Também no Ceará há problemas na convivência do PMDB com o PT. Mas o senador Eunício Oliveira, que disputará o governo, concordou em apoiar a coligação com os petistas. Disse que não vai liderar nenhuma dissidência. O deputado Danilo Forte (CE), porém, acha que a vitória dos que defendem a aliança não será tranquila. E que o PMDB não deveria se curvar à aliança apenas para sacramentar o nome de Temer.
– O PMDB não pode se prender ao projeto de uma pessoa.
Raupp afirmou, na véspera, que o PMDB deverá lançar candidatos ao governo em 19 Estados. Em vários deles, estará junto com o PT, como no Pará, Amazonas e Tocantins. Em outros, seguirá separado. É o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Já ficou certo que o PMDB não lançará candidatos ao governo no Acre, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Roraima e Santa Catarina.
Quanto aos candidatos ao Senado, o PMDB deverá lançar apenas dez. Segundo Raupp, por causa do grande número de partidos envolvidos na eleição, as vagas de senador terão de ser negociadas com outras legendas. Ele acha que se o PMDB eleger seis senadores poderá comemorar.



Fonte: Correio do Brasil

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