“A HORA DO OESTE”, POR DÓ MIGUEL

Quando analiso o cenário político que Barreiras vive neste momento em que se aproxima uma nova eleição para escolha de governadores, senadores e deputados, chego a conclusão que esta é a hora do Oeste Baiano se unir e dar as mãos em torno de um projeto que fortaleça a nossa região.

O Oeste já é forte economicamente sendo o maior produtor de grãos do Norte/Nordeste e respondendo por 5% da produção nacional de grãos. Isso proporciona um aporte de recursos fabulosos nos cofres tanto do governo do estado quando do governo federal. Mas não há retorno em investimentos e a região patina sem conseguir se desenvolver como deveria por ser esquecida e por não ter representatividade política forte.

Entendo que agora chegou a vez do Oeste construir uma força política altiva, que não baixe a cabeça diante das ordens dos poderosos de plantão, que não aceite mais ser apenas um curral eleitoral de quem quer que seja. A hora é de independência para a construção do futuro que almejamos para as novas gerações.

Defendo, como idealista que sou, que neste momento as forças políticas deixem de lado as vaidades, os interesses pessoais e eleitoreiro e pensem no povo.

Vamos construir uma chapa de deputados que realmente tenham a independência para falar pelo Oeste. Uma chapa que proporciona autonomia a região e devolva a esperança ao povo. Uma chapa que dê oportunidade a renovação política baseada em ideias e não no apego ao poder.

A hora é essa. Temos pessoas capazes, dispostas a entrar nesta luta, desde que contem com o apoio daqueles que acreditam no sonho de mudar a realidade de nossa região eliminando as graves diferenças sociais, o cinturão de pobreza em volta das cidades.

Precisamos rediscutir de forma altaneira a questão do estado do Rio São Francisco. É fundamental promover a integração entre as cidades do Oeste Baiano, cada qual dentro da sua vocação econômica, da sua cultura e da sua tradição, mas movidas por um ideal de fomentar as oportunidades para todas as camadas sociais.

Esta é a hora do Oeste. Não dá política mesquinha, pequena, do xingamento em palanque, do ataque gratuito entre adversários mas é hora de aprofundar o debate sobre o Oeste que queremos. Serão os neo-coronéis do litoral que irão continuar decidindo o nosso destino, impondo as candidaturas que são do seu interesse e vetando candidaturas legítimas do Oeste? Vamos continuar aceitando de braços cruzados as ordens que nos são dadas? Ou vamos nós juntos e unidos, deixando de lado as diferenças, sentarmos em torna da mesa e com serenidade e equilíbrio buscarmos o caminho que o Oeste deverá seguir com suas próprias pernas?

São questões que coloco para serem debatidas no dia-a-dia, nas escolas, nos lares, nas associações, nas entidades de classe, nas igrejas, nos clubes sociais, enfim por todos os lugares da cidade. Temos pessoas que se colocam no processo e são nomes que podem contribuir e muito para o fortalecimento da região. A política começa a viver um novo ciclo, novas pessoas surgem, se unem e com uma visão voltada para o futuro querem participar do processo político que se avizinha oferecendo o que o ser humano tem de melhor:  esperança na construção de uma nova realidade para nossa região.

Faço um chamamento para que estas questões sejam debatidas e que desde debate nasça a luz para iluminar o futuro do Oeste Baiano.

 ASCOM