Corte no custo da energia deve ser repassado ao consumidor, diz CNI

A redução do preço da energia elétrica a partir de 2013, por conta da desoneração de 19,7% a 28% para as empresas do país, deve ser repassada para o consumidor final, segundo informou nesta terça-feira (11) o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga.

"Estamos mostrando para as empresas a importância de que isso seja repassado para a população para que traga benefício para a sociedade e para que o produto brasileiro participe mais do mercado de consumo brasileiro", declarou Braga, por meio de nota à imprensa.

A expectativa do governo federal também é de que os preços sejam impactados pela medida. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou a jornalistas que espera um impacto de 0,5% a 1% na inflação de 2013. O ministro também disse que o governo está em uma "cruzada" para baixar os custos de produção no Brasil.

Para Robson Braga, da CNI, a redução dos preços da energia "aumenta a competitividade da indústria e estimula o investimento porque reduz preços e faz com que o empresário tenha mais confiança em produzir e gerar emprego no Brasil".

Segundo avaliação da entidade que representa o empresariado nacional, a redução da energia é "decisiva" para ajudar a aumentar a competitividade da economia brasileira. "A energia elétrica representa cerca de 20% no consumo industrial de energia. Com base nos dados da Pesquisa Industrial Anual 2010 (PIA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a CNI estima que as despesas de energia correspondam a 3,9% do custo direto de produção industrial. A medida atende a uma antiga reivindicação do setor produtivo", informou.

A CNI também avaliou que a energia é um "insumo fundamental" para a indústria. "Atualmente, do custo médio total da tarifa de energia elétrica, cerca de 45% são referentes a encargos, taxas e tributos. O Brasil paga 143% a mais pela energia do que os outros países que compõem os BRICs (Rússia, Índia e China)", informou.

Fonte: G1