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Debate sobre reconhecimento dos tecnólogos lota plenário da AL-BA


A sessão especial para discutir o tema "Tecnólogos e o Mercado de Trabalho", de autoria da deputada Kelly Magalhães (PCdoB), atraiu estudantes de diversas instituições de ensino superior que lotaram o plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, nesta sexta-feira (18).

Kelly abriu a sessão destacando a importância da regulamentação da profissão de tecnólogo. "O Projeto de Lei tramita no Congresso Nacional desde 2007, sem ainda uma definição, o que tem acarretado prejuízos para os estudantes que concluem seus cursos", disse, acresentando que, apesar de o curso de tecnólogo ser reconhecido pelo MEC como de nível superior, no mercado de trabalho, os salários pagos correspondem ao de profissionais de nível médio.

Em seguida, os representantes do Núcleo dos Tecnólogos da Bahia, Marleide Nogueira e Leandro Barreto, que solicitaram a realização da sessão à deputada, pontuaram os problemas enfrentados no mercado de trabalho e questionaram: "Será que estamos perdendo tempo fazendo esses cursos?".

A deputada federal Alice Portugal marcou presença e afirmou que irá continuar trabalhando no Congresso Nacional para levar o PL 2245/2007 para votação, ainda este ano. "Ninguém, em sã consciência, tem coragem de dizer que os tecnólogos não têm o direito de ter a profissão reconhecida. Nós estamos completamente atentos, completamente solidários. Vocês não estão sozinhos", declarou.

O presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, aproveitou a oportunidade para anunciar que a empresa se compromete a "no próximo concurso ter cargos para tecnólogos". "Essa discussão vai ser vencida na prática. Além da batalha no Congresso, vamos consolidar esse mercado de trabalho", afirmou.

Já o presidente da Associação das Empresas Produtoras de Petróleo e Gás Natural Extraídos de Campos Marginais do Brasl (Appom), Anabal Alves, fez uma proposta às autoridades e aos estudantes. "Conclamo as nossas lideranças para lutarmos por uma oportunidade que está adormecida: o sancionamento de uma política para pequenos e médios produtores de petróleo no Brasil. Vamos trabalhar para isso, e nós, empresários, aceitamos que exista a obrigatoriedade de acolher os tecnólogos em nossos quadros".

Representante da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o professor Tarso Barreto Nogueira, coordenador da Faculdade Senai/Cimatec, lembrou que a FIEB sempre acreditou e apostou muito no profissional tecnólogo, mas há uma grande preocupação "que não é a sua inserção no mercado de trabalho, é a sua identidade como profissional de nível superior". "Perseverem, que nós estamos perseverando em reeducar empresas e grupos profissionais para acabar com o preconceito social", pediu.

Ultimo palestrante, o professor Albertino Ferreira Nascimento Junior, diretor do Campus de Salvador do Instituto Federal da Bahia (IFBA), representando a reitora Aurina Santana, destacou que "este é um debate importante não somente para os profissionais, como para o desenvolvimento científico e tecnológico que o Brasil precisa conjugar".

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