Boas novas! Nossa legislativa está evoluindo, já não consta
mais do nosso parlamento, somente a bancada do “amém”. Atualmente podemos
classificar nossos legisladores em bancada ‘fiscalizadora’ e bancada do “morde
e assopra”. Claro, há ainda os que se intitulam “independentes”.
Não irei nomear quem é quem, identificá-los, entendo ser uma
tarefa que interessa muito mais ao leitor/eleitor do que a mim. Mas que não se
iluda os barreirenses, a bancada do “morde e assopra” só morde no discurso, na
hora do voto é ordem unida todos só assopram.
Contudo, nos pronunciamentos a bancada do “morde e assopra”
engabela direitinho, tem vereador (a) que turra ser independente, mas que no
mesmo discurso “deslineado”, afirma ‘se a coisa não andar como nóis quer, eu
prefiro sair da base’. Ôxe! É independente ou é da base?
Normal, em momentos anteriores no programa Caso de Política
(segunda a sexta, das 12h00 às 13h00, ao vivo pela Nova FM 104,9), já discorri
sobre a diferença entre coerência e conveniência, palavras que de parecidas só
tem o som. Se não vejamos:
Coerência:
- Relação lógica e harmônica entre idéias, atos, situações etc.; LÓGICA; NEXO
[+ com, entre : A coerência do depoimento com os fatos reais.: A coerência
entre o discurso e a prática.]
Dicionário Aulete.
Conveniência:
- Qualidade do que está de acordo com os interesses, as necessidades, as
condições ou o gosto de uma pessoa ou de um grupo: Isso não é de minha
conveniência.
- Aquilo que corresponde a tais interesses, necessidades, condições etc.
- O que pode representar vantagem material ou que pode ser do interesse de
alguém (namoro de conveniência; amizade de conveniência)
Dicionário Aulete.
Neste sentido, há vereador (a) que no discurso faz uma
prosopopeia danada, usando e abusando do termo coerência, mas que na hora do
voto, se guia pela conveniência. E qual é o problema? O problema é que
poderíamos ser ainda melhores enquanto Câmara, porque a composição deste
parlamento é muito interessante, era preciso que seus membros, considerando ai
as importantes exceções se abstivessem de apequenar-se.
Trata-se de uma composição de vereadores (as) preparados, em
sua maioria bem resolvidos financeiramente, e ademais, esta cidade precisa de
novas lideranças, o ‘Palácio Caparrosa’ (minha denominação para prefeitura de
Barreiras), precisa de novos postulantes.
Mas infelizmente o sofismo fala mais alto, nos decepciona
quando assistimos vereadores (as) defenderem com muita veemência o combate às
drogas, tomando como parâmetro um projeto de lei municipal, que cria “um
conselho”, enquanto nós sabemos que todos os conselhos da cidade funcionam
precariamente desprovidos das condições mínimas de funcionamento, no entanto,
tais edis votam contra projetos que propiciam a emancipação pela educação, por
exemplo.
Por outro lado, a Política Nacional Antidrogas já esta
amplamente definida na RESOLUÇÃO Nº3/GSIPR/CH/CONAD, de 27 de OUTUBRO de 2005,
pelo CONSELHO NACIONAL ANTIDROGAS – CONAD, sem perder de vista que não obstante
a obrigação, é a União quem tem dinheiro para investir no enfrentamento as
drogas, “guerra perdida”, porque a estratégia é ruim e a condução pior ainda,
grifo nosso. É ridículo concentrar repressão ao tráfico e afrouxar as rédeas
para produção e consumo.
Voltando aos nossos vereadores (as) nota-se que eles/elas são
espertos (as), não chega a serem sábios (as), mas são espertos (as). Prova
disso é que agradam ao governo votando/assoprando, mais cuidam de agradar o
eleitor menos avisado mordendo nos enérgicos e quase sempre vazios discursos
proferidos na tribuna.
Assim sendo, o parâmetro é sempre o eleitor, o cidadão, é nossa
a responsabilidade. Somos nós que votamos e elegemos os vereadores (as), ter um
legislativo fiscalizador e comprometido com os anseios da população e não com a
conveniência de cada vereador (a), é algo que esta absolutamente dentro do
nosso campo de influencia. Já conquistamos um punhado de bons fiscalizadores,
se vamos avançar ou retroceder, dependerá do acompanhamento e fiscalização de
quem outorga o mandato.
“Para o triunfo do mal, basta que os bons façam nada”. Edmund Burke.
Edivaldo Costa
Comunicador Social,
Bacharel em Direito e
Especializando em Administração Pública
Seu texto é uma radiografia ou uma autópsia da realidade. Caso seja a primeira, ainda existe possibilidade de mudança, mas no caso da segunda o cadáver já está em decomposição. Essa é uma triste realidade que colabora com o triunfo do mal. Porém não se pode esquecer que as sessões transmitidas por três emissoras farão a diferença na hora da eleição, pois não acredito que o brasileiro tenha de fato memória curta. Acredito muito mais que água mole em pedra dura.... pois é...
ResponderExcluirguto de paula
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