Na estreia do “Big Brother Brasil”, em janeiro, Pedro Bial apresentou a 14ª edição do reality show da Globo como a temporada da paixão. Mais do que o sentimento, a atração tem mostrado uma sucessão de comportamentos liberais e quebras de tabus na emissora. No “BBB14”, já não surpreende ver participantes tomarem banho nus, fazerem striptease e sexo.
Um romance lésbico -o primeiro da história do programa brasileiro- antecedeu até mesmo o polêmico beijo gay no final da novela “Amor à Vida”. Para Bruno Campanella, autor de tese de
doutorado sobre o “BBBl”, o maior exibicionismo dos participantes se deve a “uma ampliação das fronteiras da sociedade”. Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), ele se refere a transformações exemplificadas pelas conquistas LGBT e pelos protestos. “Imagino que há dez anos esse mesmo grupo de confinados não mostraria as mesmas atitudes.”
O psiquiatra Marcelo Arantes, que esteve no “BBB8” (2008), também vê como “tendência natural” o “afrouxamento moral dos confinados”. “Eles precisam de visibilidade, então abusam de recursos próprios. Durante a seleção, a produção especula o que cada um pode fazer ali, e escolhe os mais ousados.” Segundo Arantes, não há orientação da direção do programa sobre nudez e sexo. “Mas eles tocam a sirene, quando acham que alguém está falando algo impróprio. Dispararam para mim quando mencionei a participação de gays nas Forças Armadas.”
Fonte: Correio 24 H
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