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André Vargas pediu afastamento após denúncia de ligação com doleiro. Renúncia pode ocorrer antes da reunião do Conselho de Ética na quarta (9). |
O Conselho de Ética da Câmara vai se reunir na quarta-feira (9) para decidir se abre um processo de cassação contra o deputado licenciado André Vargas, do PT. E, para tentar escapar da perda de direitos políticos, Vargas pode renunciar ao mandato.
A renúncia do vice-presidente da Câmara, André Vargas, não está descartada. Foi o que ele comunicou ao líder do partido. “Ele está refletindo e essa decisão cabe estritamente a ele. Nós dialogamos, refletimos um pouquinho com ele. Mas, é claro, tem que respeitar a decisão dele”, afirma o deputado Vicentinho, líder do PT.
A decisão do deputado de apresentar a renúncia antes de se defender das denúncias teria uma motivação: tentar escapar do processo de cassação do mandato. “Ele poderá renunciar até a hora que se instaure o processo no Conselho de Ética. A partir da hora que se instaurar o processo, não poderá haver a renúncia”, explica Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara.
A reunião do Conselho de Ética está marcada para quarta-feira (9) à tarde, quando deve ser instaurado o processo de cassação. Mas a estratégia de renunciar antes disso pode ser ineficaz.
Pela Lei da Ficha Limpa, André Vargas já não poderia mais se candidatar nas próximas eleições. A legislação diz que se tornam inelegíveis os membros do Congresso Nacional que renunciarem desde o oferecimento de uma representação.
André Vargas já coleciona duas representações contra ele. Além da que está no Conselho de Ética, do PSDB, Dem e PPS, há outra, do PSOL, na corregedoria da Casa.
A oposição quer que o deputado explique as denúncias de sua relação com o doleiro Alberto Youssef, suspeito de ter movimentado mais de R$ 10 bilhões em operações ilegais.
“Nós não estamos pressionando a renúncia de ninguém. Ele que mostre claramente como foi que aconteceu e a sua defesa. Acho que isso é fundamental para que o processo, democraticamente, chegue ao final e possa tomar as providências de acordo com a lei”, declara o deputado Rubens Bueno, líder do PPS.
Fonte: G1
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